A estilística do som, da palavra, da frase e da enunciação marcaram a unidade 17 deste caderno. No domínio da linguagem, o entendimento do que seja estilo não é tão simples assim. Muitas são as alternativas de explicar ou definir estilo, que é o resultado de uma escolha dos meios de expressão realizada pelo falante, tratando-se de uma experiência individual e está ligado às intenções do mesmo, ao efeito de sentido que ele quer produzir e apresenta-se repleto de emoção e afetividade. A estilística não se confunde com gramática. Esta estuda os elementos da língua, enquanto a estilística estuda a linguagem que se cria com esses elementos. A língua portuguesa dispõe de muitos recursos estilísticos e apresenta variações conforme os grupos que a usem. Cada uma dessas variantes apresenta regularidades e recursos normais, constituindo, assim, o dialeto.
A construção da coerência textual e as partes do todo marcaram a unidade 18. A interligação harmoniosa entre as partes de um todo é muito importante porque vão garantir sua inteligibilidade e sua compreensão. Cada frase, cada palavra de um texto tem seu papel na construção de uma unidade de sentido. A adequação entre cada um desses elementos lingüísticos cria uma harmonia que será percebida na leitura ou na recepção desse texto. Se um elemento destoar, a leitura não flui e a compreensão do texto fica prejudicada. A coerência pode ser considerada a possibilidade de atribuir uma continuidade de sentidos a um texto e não depende apenas da realidade das coisas e do mundo. É uma característica que também pode ser construída na imaginação, nas possibilidades de recriar.
Os elos coesivos e a progressão textual marcaram a unidade 19. Enquanto a coerência textual se constrói na relação entre o texto e seu contexto, a coesão se constrói na inter-relação entre as partes do texto, fazendo dele um todo significativo. Por isso se diz que o fenômeno da coesão textual é solidário ao da coerência. Cada um dos elementos que marca essa continuidade é chamado de elo ou laço coesivo. A relação entre esses elos da cadeia coesiva pode se dar de diferentes maneiras (resumindo, comparando, acrescentando) e envolvendo diferentes classes gramaticais.
A negação e os significados implícitos marcaram a unidade 20. A negação é uma relação lógica que representa a exclusão, a rejeição de uma informação ou da possibilidade de ocorrência de algum fato ou evento. Essa possibilidade pode vir expressa por uma idéia simples ou muito complexa. O que pode ser negado varia em extensão e complexidade lingüística. Muitas das mensagens que compõe um texto não precisam ser explicitadas porque decorrem de idéias já expressas no texto e, pelas relações lógicas recuperam-se significados implícitos.
Dos TPs estudados até o momento este, sem dúvida, é o mais cativante. Percebeu-se grande satisfação quanto ao desenrolar das atividades tanto por parte dos cursistas quanto por parte dos alunos. A brincadeira do Travalíngua foi um marco para que aprimorassem a entonação de voz para diminuírem a gagueira típica de quem ainda não está bem em leitura e os provérbios deixaram os alunos um pouco mais reflexivos sobre o implícito de cada um dos ditos populares e de outras informações.
Assim, os objetivos deste caderno foram distribuídos e se apresentam como segue: Unidade 17= Estilística
· Seção 1: A noção de estilo e o objetivo da Estilística · Seção 2: A Estilística do som e da palavra · Seção 3: A Estilística da frase e da enunciação
Unidade 18= Coerência textual · Seção 1: Continuidade de sentidos · Seção 2: A construção da coerência textual · Seção 3: As partes do todo
Unidade 19= Coesão textual · Seção 1: Marcas de coesão · Seção 2: Os elos coesivos · Seção 3: A progressão textual
Unidade 20= Relações lógicas no texto · Seção 1: A lógica do (no) texto · Seção 2: A negação · Seção 3: Significados implícitos
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