terça-feira, 28 de julho de 2009

TIPOS TEXTUAIS

Tipos textuais

* Caracterizar seqüências tipológicas narrativas e descritivas;

* Caracterizar seqüências tipológicas injuntivas e preditivas;

* Caracterizar seqüências tipológicas expositivas e argumentativas como dois aspectos do tipo dissertativo.

É fato que um texto narrativo é bem mais fácil de ser compreendido e até mesmo elaborado pelos alunos que um texto dissertativo ou descritivo - para os quais ele precisa dispensar muita atenção e muita concentração, coisas complicadas para a maioria dos jovens atualmente. A unidade onze foi utilizada com o propósito de explorar mais profundamente esses dois tipos. Como eixo incentivador, foi trabalhado a página 118 do TP3 a partir do título ´O mundo do trabalho apresenta hoje facilidades e dificuldades que não existiam antigamente´. Após a enumeração de alguns aspectos que hoje, no mundo do trabalho, aparecem mais facilitados, e de alguns considerados entraves apontados por alunos, trabalhou-se a articulação dos argumentos e as relações lógicas dos mesmos. Sempre há a dificuldade para o primeiro passo, mas quando algum aluno levanta um primeiro argumento, como ´mais formas de comunicação´, por exemplo, outros seguem opinando. Este tipo de exercício é uma facilitação àqueles que sempre estiveram apenas em contato com as chamadas ´historinhas´. Passam a trabalhar idéias centrais e secundarias e a ter uma noção mais clara de introdução, desenvolvimento e conclusão. É infinitamente mais proveitoso que apenas pedir que dissertem sobre um determinado assunto. Alguém lembrou que a falta de conhecimento de mundo é um obstáculo para que um determinado tema seja desenvolvido e aí aconteceu a deixa para se questionar a falta total de leitura de livros, revistas, jornais... . E essa observação partiu de um aluno. Ao se estudar o fato de que os tipos se misturam em um determinado texto, a coisa complicou um pouco. A partir de textos conhecidos, trabalhou-se a questão das seqüências expositivas e argumentativas nos quais precisaram destacar exemplos de cada uma e também escrever evidenciando mais uma ou outra. O que se percebe é que essa certa complicação tende a diminuir com a caminhada visto que não se costumava mostrar e muito menos cobrar da comunidade escolar tais conhecimentos. Percebe-se que conseguem manusear páginas de jornal e identificar textos que noticiam, que relatam fatos e eventos e os que defendem uma opinião, como é o caso dos editoriais e dos artigos assinados. Uma dessas notícias serviu de fonte para que, a partir da mesma, fossem confeccionados textos dentro dos mais diferentes gêneros e verificadas seqüências argumentativa e expositiva formatando um jornal. Da tragédia com o Air France nasceram piadas, receitas, propagandas, classificados, notícias e artigos. Foram obtidos trabalhos de bom nível e a certeza de que aos poucos vai se quebrando a barreira da escrita daquilo que é mais complexo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

TP3 - RELATÓRIO REFLEXIVO

By João Luiz dos Santos

A partir do caderno de Teoria e Prática – TP3, do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar, o Gestar II, que tem por meta a Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Finais do Ensino Fundamental, começamos nossos trabalhos através das chamadas Oficinas. O referido material aborda GÊNEROS e TIPOS TEXTUAIS. Denominamos gênero textual o modo em que um texto, oral ou escrito, se apresenta. Ou seja, as características em relação ao contexto em que são usados. Com relação ao tipo textual, ou seqüência tipológica, lê-se a maneira em que palavras e estruturas sintáticas se organizam para dar forma aos gêneros textuais.

Já se tornou trivial a idéia de que os gêneros textuais são fenômenos históricos, vinculados à vida social e cultural. Eles contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia e se caracterizam mais por suas funções comunicativas e cognitivas que por suas peculiaridades lingüísticas estruturais. Pelo fato de estarem em constante evolução não são instrumentos estanques e são facilmente adequados.

As seqüências tipológicas mais freqüentes são: a descrição, a narração e a dissertação. Essa última engloba a EXPOSIÇÃO e a ARGUMENTAÇÃO. O tipo narrativo apoia-se em fatos, personagens, tempo e espaço e relata mudança de estado entre os fatos ou episódios. O tipo descritivo enumera aspectos, físicos ou psicológicos, em simultaneidade. Nenhum dos fatos, ou informações, é necessariamente anterior a outro. Com isso a ´imagem´ não fica alterada mudando-se a ordem dos enunciados.

A partir de uma análise mais profunda, descobrimos que através do uso da linguagem, desde pequenos desenvolvemos a capacidade de perceber diferenças na organização dos textos. A isso chamamos competência sociocomunicativa. A escola, por sua vez, principalmente na figura do professor de Língua Portuguesa, tem a função de mostrar os diversos gêneros que constituem o mundo da comunicação aos alunos e levá-los a interagir com eles.

O caderno de Teoria e Prática, TP3 está assim dividido:

  • Unidade 09= Gêneros textuais

seção 1= Conhecimento intuitivo de gêneros

seção 2= Gêneros textuais e competência sociocomunicativa

seção 3= Classificando gêneros textuais

  • Unidade 10= Trabalhando com gêneros textuais

seção 1= Gênero literário e não-literário

seção 2= O gênero poético

seção 3= Uma subclassificação do gênero poético: o Cordel

Além disso, cada unidade sugere a colocação em prática do que se está vendo: Atividades escritas e o Avançando na prática. Como forma de ampliação dos estudos, as mesmas sugerem leituras com suas respectivas bibliografias e a ampliação de nossas referências. Este caderno de Teoria e Prática vem acompanhado de atividades de apoio à aprendizagem, denominadas AAA na versão do Professor e na versão do Aluno, repleto de questões reflexivas que completam o campo teórico, reforçando os conceitos obtidos sobre gêneros e tipos textuais.

A aquisição do material por si só já é uma inovação às aulas dos cursistas. É um material muito bem elaborado e de forma cativante através de seus textos e imagens. Com certeza, o mínimo que se conseguir através da leitura desse material e através da prática das atividades contidas no mesmo, passa a ser um marco na história da mudança a qual a população anseia, mesmo que de forma gradativa semelhante a uma semente que se coloca na terra.